1ª Pedro 4:16-18
Mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por causa disso. Porque chegou o tempo de começar o juízo pela casa de Deus; e, se começa por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E, “se é com dificuldade que o justo é salvo, que será do ímpio e do pecador?”
Sempre que leio este texto (ou outros semelhantes), relembro várias queixas que vou escutando ao longo do tempo, por parte de cristãos, de "perseguições" e que atribuem esse facto ao serem cristãos, como se tivessem tornado alvo por conta da sua fé.
Sendo verdade que essa perseguição sempre existiu desde os tempos de Jesus (não foi Ele atacado, acusado, condenado e morto por confrontar práticas contrárias à verdadeira fé?), geralmente não é disso que se trata, e é somente a maldade do ser humano a agir.
Mas o ponto hoje não é esse.
O ponto hoje é o que nós queremos de Jesus. O que é que nós queremos de Deus quando nos aproximamos Dele, quando oramos a Ele, quando entoamos cânticos para Ele, quando nos reunimos para prestar culto a Ele.
Muitos aproximam-se de Deus por conta das dificuldades da vida e isso é certo, pois eles são amados por Deus e Ele mesmo faz com que todas as coisas, boas ou más, trabalhem conjuntamente para o bem dos que O amam. E o amor deles será despoletado quando entenderem o amor de Deus por eles.
Mas Deus não é apenas um amigo que nos resolve todos os problemas.
Ele é o nosso criador, criador de todas as coisas.
E criou-nos para nos relacionarmos com Ele, de forma semelhante a um filho com o seu pai.
E é doentia a família cujos relacionamentos se baseiam apenas (ou primeiramente) nos interesses próprios e individuais de cada um. Ou apenas nas necessidades de cada um.
Deus criou-nos para Si mesmo. E Ele garante que não nos faltará nada do que necessitamos, se buscarmos em primeiro lugar o Seu Reino e a sua justiça.
Tem que ser isso que buscamos primeiro quando oramos a Ele, quando entoamos cânticos a Ele, quando nos reunimos para cultuar a Ele.
Aí começaremos a trilhar o verdadeiro caminho do cristão. E talvez aí comecemos a ser perseguidos por conta do testemunho de vida que daremos; uma vida que verdadeiramente reflecte Cristo e confronta as regras vigentes nestas sociedades frutos da queda.
Convém ter noção de qual o nosso alvo: as nossas necessidades terrenas que são o alvo dos gentios, ou a eternidade com Deus que é o alvo do cristão?
Jesus, reconheço que continuo a ocupar-me e a preocupar-me com as necessidades do dia de hoje e do amanhã. Reconheço que a minha fé é muitas vezes ofuscada pelas minhas emoções e que preciso estar mais disponível para a presença do Teu Espírito Santo em mim. Que a meditação na Tua palavra, mais os louvores entoados a ti, e a comunhão com os meus irmãos me faça ocupar-me mais do que realmente é importante: a vontade do Pai.
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