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Marcos, 3:3-4


Marcos 3:3‭-‬4 Jesus disse ao homem da mão atrofiada: “Levante-se e venha para o meio”. Depois Jesus lhes perguntou: “O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar a vida ou matar?” Mas eles permaneceram em silêncio.

Nem todos quantos se juntam à reunião da igreja o fazem simplesmente para adorar. Sabemos, porque também o fazemos, que alguns vão principalmente para buscar uma bênção, uma provisão, um milagre.

Mas também há aqueles que vão apenas para observar, para encontrar falhas, erros, pontos onde possam criticar, julgar, apontar o dedo aos outros.

É incrível como até as boas obras são alvo dessas críticas, desses julgamentos rápidos.

Deus instituiu várias regras, leis, mas tudo debaixo de princípios fundamentais, debaixo de mandamentos que revelam o cerne, o fundamental da Sua vontade. E nós, toldados pelo pecado, limitados pela nossa natureza humana, criamos outras regras e leis em cima do que Deus determinou, porque nos facilita, porque nos dá conforto, e na verdade só nos afasta Dele.

O fundamental, o principal, o maior, é amar a Deus com tudo o que somos e ao próximo como a nós mesmos. Se o que estamos a fazer não cumpre com esses 2 princípios, então não estamos a obedecer, não estamos a agradar a Deus.

Não há condições para o fazer.

O amor a Deus deve ser exercido sempre. Em todo o tempo, em todo o lugar, com todas as nossas forças, por menores que sejam. Com todas as palavras que falamos, por mais eloquentes que sejam, ou por mais simples que sejam. Com todos os nossos pensamentos, sejam elaborados ou simples. Com todos os nossos sentimentos.

E todas essas áreas têm as suas dificuldades. São as forças que são direccionadas para desagradar a Deus. São forças que são usados para pecar, actos pecaminosos.

E quando as forças não nos levam a pecar, são as palavras. Esse dom que Deus deu ao Homem, que Deus usa para se referir ao Seu Filho unigénito, e que por Deus é usado para criar tudo. E que usamos para ofender, para criticar, para julgar, para atacar.

E quando não é o que sai de nós, em atos ou em palavras, são os nossos pensamentos que nos “traem”. São os pensamentos que não controlamos, que não treinámos, que nos afastam de Deus, porque contrariam a Sua vontade. Pensamentos que sejam transformados em algo externo ou não, continuam a afastar-nos de Deus.

E a raiz de tudo. Os nossos sentimentos. O mais íntimo de nós. Enquanto os nossos sentimentos ofenderem a santidade de Deus, o nosso caminho precisa ser corrigido.

Precisamos acautelar-nos com tudo o que recebemos de Deus. Por que muito do que recebemos de Deus é para provocar uma tão grande transformação que nos vira do avesso.

As nossas acções, as nossas palavras, os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, tudo o que nos define precisa de ser transformado. Não significa perdermos a essência de quem somos, o que nos torna indivíduos. Mas transformar a natureza material em natureza espiritual. Mudar-nos, mantendo-nos únicos. Um milagre.

No versículo anterior, Jesus fala uma outra parábola, do vinho novo e dos odres novos.

O vinho novo é a Sua presença em nós. É a habitação permanente do Seu Espírito Santo em nós.

O odre novo é a nossa nova natureza.

Ele quer habitar em nós. Mas não pactua com uma vida pecaminosa; a Sua santidade não o tolera.

Mas o Seu amor por nós faz algo extraordinário. Pois foi por nos amar que enviou o Seu Filho, para nos declarar como justificados.

Sendo nós ainda pecadores, Ele justifica-nos e começa o trabalho de transformação em nós, para nos fazer Sua casa. Odres novos para um vinho novo.

É um processo doloroso, contra nós mesmos e contra a corrente do mundo. Mas, pela fé, temos a certeza de que o resultado final mais do que compensa; será glorioso!


E nesse processo de transformação, Ele vai usando a pregação da Sua Palavra para nos despertar - este texto foi inspirado pela mensagem pregada na Catedral da Esperança da Malveira, a 15/05/2022
 
A Deus seja toda a Honra e toda a Glória

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