E ele respondeu: «O que teve compaixão dele.» Jesus concluiu: «Então vai e faz o mesmo.»
LUCAS 10:37 BPT09
As parábolas são parte da estratégia de Jesus para nos explicar a vontade de Deus de uma forma prática.
A letra da Palavra de Deus era (e ainda é) muitas vezes difícil de digerir, assimilar e pôr em acção.
Nada como o Verbo vivo, a própria Palavra encarnada, para nos explicar como Deus quer que o Seu povo aja.
E
a forma como esse ensino nos é transmitido por Jesus é através de uma
história com a qual nos podemos e devemos identificar. Conseguimos
imaginar o cenário em que decorre a acção, conseguimos visualizar os
intervenientes.
Nesta
parábola do “bom samaritano”, temos: o homem que viaja desde Jerusalém,
o sacerdote, o levita, o samaritano e o estalajadeiro.
Façamos uma análise sincera diante de Deus.
Com quem somos identificados?
Seremos
o homem ferido? Uma posição “confortável” de vitimização que muitos
querem ter, porque se acham atacados por muitos, porque acham esquecidos
pela sociedade. Confortável porque evita sermos comparados com os
intervenientes activos, que confrontam o nosso ser.
Ninguém
quer ser o sacerdote ou o levita. É fácil perceber que são os “maus” da
história, e ninguém quer ficar mal na fotografia.
Pelo contrário, todos gostariam de ser o samaritano. Ele é o “eleito” para herói da parábola.
Afinal, é a ele que Jesus nos orienta a imitar para cumprirmos o mandamento do Senhor. Amar o próximo como a ti mesmo.
Porém, é necessário lembrar porque Jesus contou essa parábola. Estava a responder a uma pergunta: “Quem é o meu próximo?”
Mais
do que saber com quem nos identificamos ou com quem nos queremos
identificar, precisamos olhar para toda a história e perceber o que
significa fazer como o samaritano.
Amar
o próximo não está condicionado por raça, nacionalidade, condição
social, tanto de quem ama como do próximo alvo do nosso amor.
O
homem que Jesus coloca como nosso alvo (no contexto) era de um povo
adversário do povo de Deus; os judeus e os samaritanos não se falavam,
apesar de adorarem o mesmo Deus. Possivelmente, a sua postura na
história envergonhou alguns judeus que estavam ali a escutar.
Amar
o próximo não está condicionado pelas obras que realizamos na igreja.
Ser obreiro na casa de Deus, colaborar seja em que área for, não é
condição para amar. Pelo contrário, por conta de um coração manchado,
por ser um obstáculo.
Amar
o próximo não está condicionado por um ministério. Ter um cargo de
liderança dentro da igreja ou ser reconhecido pelo manejo da Palavra,não
são condição para amar. Aliás, pela soberba e pelo orgulho, podem ser
obstáculos para amar.
Para
amar o próximo, basta estarmos atentos ao que acontece ao nosso redor.
Basta olharmos as pessoas com que nos cruzamos e ver as suas
necessidades. E entender que Cristo nos amou sem que haja mérito da
nossa parte. Quem necessita de amor, não necessita de julgamentos ou
críticas. Precisa de cuidado, precisa de feridas saradas, especialmente
aquelas que quer ignorar.
Amemos. Não de palavras, mas de acções.
Eu preciso amar mais. E tu?
Toda a honra e toda a glória sejam dadas a Deus.
Publicado originalmente em 11/SETEMBRO/2018
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