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Mateus, 7:13-14

 

Entrem pela porta estreita!

Pois é larga a porta e espaçoso o caminho que vai dar à perdição e são muitas as pessoas que para ali se encaminham.

Mas é estreita a porta e apertado o caminho que vai dar à vida eterna e são poucas as pessoas que o encontram.

MATEUS 7:13 - 14 BPT09

https://bible.com/bible/432/mat.7.13-14.BPT09


Jesus afirma que nós, a Sua igreja, os Seus discípulos, somos o sal da Terra e a luz do mundo.


Primeiro, temos que tornar claro algo.

Ser Cristão não é pertencer a uma denominação de igreja. Ser Cristão não é ter um cartão que nos identifica como parte de algo.

Cristão é aquele que segue a Cristo, aquele que é chamado de Seu discípulo, pois aceitou seguir os passos do Mestre. Aceitou o chamado de Deus para seguir por esse caminho que é personificado no próprio Cristo. Ele é o caminho que nos leva ao Pai; Ele é a verdade que nos liberta de nós mesmos e da nossa natureza pecadora; Ele é o único que nos pode dar vida e vida abundante!

Mas para percorrer esse caminho, temos que negar as nossas vontades. Temos que abdicar do que queremos em favor do que Deus quer. A vontade do Pai prevalece. Carregar a nossa cruz a cada dia, a cruz das tentações, a cruz das consequências dos nossos pecados, a cruz da nossa personalidade e do nosso carácter. E a cada dia morrer para a vida pela qual edificámos essa cruz, para viver a vida de Cristo em nós, a vida eterna.

Isso não significa que nunca faremos nada que nos agrade. Significa que faremos o que agrada a Deus, que É Pai e sempre dará aos Seus filhos coisas boas - no entender Dele, não necessariamente no nosso.


E é neste enquadramento que lemos o alerta de Jesus.

O início da caminhada cristã não é atraente, não é sedutor.

Implica humilhação - diante de Deus e não diante dos homens -, implica submissão, implica abdicar de muitas coisas que nos agradam e nos fazem sentir bem.

E Jesus alerta-nos que não acaba aí. É uma caminhada permanente por um caminho estreito.

Mas a vitória no final da caminhada está garantida para os que Lhe forem fiéis. No final. Na eternidade.


E no entretanto? Como deve um Cristão pautar a sua vida?


Há uma analogia que pode ser interessante para entender.

Conduzir uma viatura (um carro ou um camião, por exemplo) numa via pública tem regras, tem constrangimentos. Há procedimentos a seguir. E há punição para quem não cumprir.


Para se conduzir na vida pública, é necessária uma licença, a carta de condução, a qual é adaptada ao que se pretende conduzir.

Há quem conduza sem essa licença. Seja porque não se quer dar ao trabalho, seja por falta de condições (financeiras ou outras), seja por uma espécie de rebelião ou até mesmo por ter sido considerado inapto para conduzir!

Há quem tenha licença para conduzir, mas não está habilitado, pois essa licença foi obtida de forma fraudulenta, adulterando resultados, subornando autoridades.

Há que tenha a licença e a habilidade, até ao nível da arte, e escolhe conduzir pelos seus próprios padrões superiores, desprezando os outros.

Depois há os restantes, condutores comuns. Que apesar de testados e aprovados de forma correcta, optam, sempre que se proporciona, por contornar regras e limites, conforme a sua própria conveniência.

Cada um destes, com intenção ou não, de cada vez que desobedece às regras e limites impostos, coloca em risco a sua própria vida e a dos outros.

E, questionados, se calhar muitos concordariam que essas atitudes estão erradas.


De igual forma, ser Cristão tem regras. Na verdade, 2 regras. Obedecer à vontade de Deus com o que falamos, com o que fazemos, com o que pensamos e com o que sentimos. E cuidar das necessidades de quem está próximo de nós da mesma forma que gostaríamos de ser cuidados.

Só que há quem se diga “cristão” e nunca sequer procurou saber o significado dessa afirmação. Que usa esse nome para se justificar de uma forma deturpada pelos seus erros. “Cristo já me perdoou os pecados, por isso vivo a vida como quero.”

Outros até sabem o significado de “seguir a Cristo”, e afirmam-no da “boca para fora”, mas na verdade fazem-no apenas para obter alguma espécie de vantagem ou reconhecimento.

Há aqueles com muitas capacidades de estudo ou hábeis na oratória e que são capazes de a todos espantar com os seus conhecimentos, mas que constantemente desprezam a glória que tem que ser dada a Deus e a tomam para si próprios.

A grande maioria, onde eu julgo me inserir, e a vós também, vai vivendo a sua vida com Cristo transgredindo um pouco aqui e outro tanto ali. Encontrando justificações para todas as situações. “Estava com um pouco de pressa.” “Não havia ninguém por perto.” “Todos fazem isso.”


Não é essa a vida que Cristo quer que nós vivamos. Não é.


Somos sal da Terra. Fomos chamados para fazer a diferença. A porta é estreita e poucos a encontram. Se vivemos um pouco como aqueles que escolhem o caminho da porta larga que conduz à destruição, é porque não entendemos o chamado e não encontramos a porta estreita.


Somos luz do Mundo. Somos colocados por Cristo em lugares próprios para dar luz a vidas que vivem em trevas. Mas se estamos com um olho posto na porta que leva à destruição, a luz que há em nós na verdade são trevas e quão grandes serão essas trevas!



Tudo é permitido, mas nem tudo convém.

Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.

Estar circuncidado, carregar marcas exteriores, de nada vale. O que importa é ter uma vida nova, nascida da água e do Espírito.

Procuremos, sim, comportar-mo-nos de forma digna do Evangelho que nos foi e continua a ser anunciado. Que permaneçamos firmes e unidos, lutando todos juntos pela fé das Boas Novas de Cristo.

 


Toda a honra e toda a glória sejam dadas a Deus.

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